Pais e Encarregados de Educação Enchem Lojas na Busca de Material Escolar em Maputo
No primeiro dia de aulas do ano letivo de 2024, a cidade de Maputo
testemunhou uma grande afluência de pais e encarregados de educação em busca de
uniformes e material escolar. Filas longas e espera exaustiva marcaram a busca
de última hora, com a falta de dinheiro sendo apontada como o principal motivo
por trás dessa corrida às compras.
Em várias lojas da capital, as cenas eram semelhantes: filas extensas
serpenteavam pelas avenidas, com alguns esperando debaixo do sol por horas a
fio. Macário Geraldo, um dos encarregados de educação presentes, compartilhou
sua experiência: "Estou aqui já há umas quatro ou cinco horas. Até agora
ainda não consegui comprar o que preciso, porque há muita gente na fila".
Na loja de Amane Dafine, mais de 400 clientes foram atendidos apenas na
segunda-feira, entre as 9h e as 14h. O gerente atribuiu essa enchente à alta
demanda, juntamente com preços competitivos e qualidade dos uniformes
escolares. "A enchente aqui, na loja, é mesmo pelo facto de haver muita procura.
Além disso, os preços são bons e a qualidade do uniforme escolar é também boa,
por isso a fila", explicou.
Embora o hábito de deixar as compras para a última hora seja apontado como
uma das razões para as enchentes, os pais e encarregados de educação têm outras
justificativas. Flora Cossa, uma encarregada presente nas lojas, explicou:
"Na escola onde a minha filha está a estudar, só agora é que mandaram a
lista do que é necessário para o ano lectivo, por isso só vim hoje".
No entanto, para muitos, a falta de recursos financeiros é o verdadeiro
obstáculo na compra do material escolar. Lande Boane destacou: "O que está
em causa é o poder de compra, estava mesmo escasso, porque alguns pais e
encarregados de educação são funcionários e agentes do Estado, e foram
recebendo muito tarde. Por isso não havia dinheiro e agora há muita
enchente".
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Dada a grande procura, algumas lojas optaram por distribuir senhas aos
clientes, enquanto outras decidiram estender o horário de funcionamento para
atender à demanda. A abertura oficial do ano letivo ocorreu em 31 de Janeiro,
mas as lojas continuam a lidar com a corrida de última hora pelos materiais
escolares necessários.
FONTE: O PAIS