A Coligação Aliança Democrática (CAD) promete uma resposta enérgica caso seja retirada das eleições.



O líder da Coligação Aliança Democrática (CAD), Manecas Daniel, fez uma declaração enfática ameaçando iniciar uma ação de protesto com "ovos e tomates" em nome do povo moçambicano, caso a sua facção política seja excluída das próximas eleições gerais em outubro. Ele acusou o governo de demonstrar "medo" em relação à CAD.

Durante uma marcha em Maputo, organizada para protestar contra a exclusão da CAD determinada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), Manecas Daniel expressou sua confiança de que o povo moçambicano, mesmo sem armas, poderá resistir e sair vitorioso. Ele afirmou à imprensa que "Acredito que o povo moçambicano, com ovos e tomates, que não são armas, vão fazer a guerra e vão vencer."

A manifestação contou com a presença de centenas de participantes, enquanto aguardava-se a decisão sobre o recurso apresentado ao Conselho Constitucional (CC) visando permitir a candidatura da CAD e de Venâncio Mondlane à Presidência da República.

Leia também: Tribunal de Maputo sentencia sequestradores a trinta anos de detenção.

Manecas Daniel também revelou que levou pessoalmente a questão ao Presidente Filipe Nyusi, advertindo que, apesar do desarmamento da Renamo, o povo moçambicano ainda possui poder de reação. Ele declarou que "Acreditam que podem abusar, que podem pisá-los. Eu acredito que não é bem assim, a população pode, a qualquer momento, com ovos e tomates, criar uma resistência, travar uma guerra e sair vitoriosa."

A exclusão da CAD das eleições gerais de 9 de outubro pela CNE foi anunciada em 18 de julho por não cumprir os requisitos legais estabelecidos.

No entanto, Manecas Daniel contestou essa decisão, argumentando que a CAD participou em três eleições anteriores sem enfrentar as mesmas exigências atuais. Ele afirmou que "Esta é a quarta [eleição geral de 9 de outubro]. E da mesma forma, nunca nos impuseram o que nos exigem hoje. Mesmo os elementos que nos solicitam, como o averbamento [da coligação], entre outros, foram cumpridos e enviados à CNE."

Na visão de Manecas Daniel, a exclusão da Coligação Aliança Democrática (CAD) das próximas eleições gerais é vista como uma "perseguição política" devido à associação com Venâncio Mondlane, ex-deputado e ex-membro da Renamo, conhecido por liderar protestos contra os resultados eleitorais em Maputo. Daniel afirmou que o cerne da questão não reside na CAD em si, mas sim na ligação com Mondlane.

Com a decisão da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Venâncio Mondlane, que atualmente está em campanha na Europa, fica impossibilitado de concorrer para mais um mandato na Assembleia da República, embora mantenha a sua candidatura à Presidência.

A CAD organizou manifestações em várias províncias, incluindo Maputo, onde uma marcha ocorreu de forma pacífica com o apoio da polícia. Manecas Daniel expressou otimismo quanto à possível readmissão da CAD na corrida eleitoral, mencionando "sinais de mudança em todo o mundo" e antecipando uma representação significativa após as eleições.

Durante a marcha em Maputo, centenas de pessoas, especialmente jovens, participaram exibindo cartazes críticos à CNE e ao governo. Ane Simane, de 29 anos, apontou as preocupações com a situação do país, mencionando questões como corrupção, criminalidade e sequestros, clamando por uma administração mais eficaz. Pedro Armando, segurança de 40 anos, também protestou, destacando a recusa do povo em aceitar a decisão da CNE e exigindo a "reposição da verdade". Ele ressaltou que os oponentes da CAD estão agindo com medo, prevendo que a batalha já foi perdida por eles antes mesmo de começar.

As eleições gerais de 9 de outubro em Moçambique englobam a disputa presidencial, legislativa e para governadores e assembleias provinciais. Leia mais...

Fonte: Notícias MMO

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