Nini Satar, atualmente cumprindo uma pena de 24 anos pela violação à liberdade condicional, está sob investigação novamente em relação a sequestros no país. Em colaboração com a Fundação Henry Nxumalo, o jornal sul-africano "Times LIVE" revelou evidências de que Satar pode estar envolvido como mandante de vários sequestros ocorridos na África do Sul e Moçambique.
Um documento recente baseado em interrogatórios dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) indica que Satar tem sido apontado como líder de sequestros que ocorreram principalmente em Moçambique e na África do Sul.
A investigação, apresentada pela publicação sul-africana, destaca que muitos desses crimes foram organizados a partir do grupo comandado por Satar. Entre os sequestros mais notórios atribuídos ao grupo estão os de Abdul Gani e Rajan Rassul, ambos empresários raptados em Moçambique, e os de Reza Nascimento e Anand Mangray, sequestrados na África do Sul.
Segundo fontes da "Times LIVE", os sequestradores mantêm contato direto com Satar através de comunicações monitoradas pelas autoridades. Os cativos são geralmente levados para a Bolívia, onde são mantidos em cativeiro até o pagamento do resgate.
Além disso, Satar teria adquirido imóveis de luxo, inclusive um apartamento em Paris, utilizando recursos oriundos dos resgates pagos pelas famílias das vítimas. Autoridades continuam a investigar esses novos vínculos para juntar mais evidências que possam sustentar as alegações contra Satar.
Com a reabertura desses casos, as autoridades reforçam seus esforços para combater a crescente onda de sequestros na região, buscando desarticular possíveis grupos organizados que agem sob a liderança de figuras como Satar.
Fonte: EVIDENCIAS.CO.MZ