Acidentes de trânsito seguem causando mortes na EN4


Acidentes de trânsito seguem causando mortes na EN4

O número de mortes em acidentes de trânsito na Estrada Nacional Número Quatro (EN4) continua a ser motivo de grande preocupação. Na última semana, uma série de acidentes trágicos resultou na morte de nove pessoas nesta via que conecta Moçambique à África do Sul.

O acidente ocorrido no dia 12 deste mês foi um dos mais noticiados, tendo ocorrido em Malhampsene, no município de Matola, onde uma mulher grávida perdeu a vida.

Segundo informações do departamento da Polícia de Trânsito do Comando Provincial da PRM em Maputo, no primeiro semestre de 2023 foram registrados 37 acidentes na EN4, resultando na morte de 39 pessoas. Neste ano, até agora, ocorreram 12 acidentes, com um total de 16 vítimas fatais.

A Trans African Concessions (TRAC), concessionária da EN4, descreveu a última semana como particularmente trágica, devido à gravidade dos acidentes. Fenias Mazive, representante da TRAC, comentou sobre os incidentes: "Tivemos nove mortes. Quatro pessoas faleceram na quinta-feira, quando uma van colidiu com a traseira de um caminhão perto da FRIGO.

Na sexta-feira, um pedestre foi atropelado ao atravessar a estrada na horizontal na ponte. Na mesma noite, outro atropelamento ocorreu em Malhampsene. No domingo, embora fora da EN4, nas proximidades, um ônibus capotou, resultando na morte de duas pessoas. E na segunda-feira, um acidente tirou a vida de uma senhora."

De acordo com a Polícia de Trânsito, a maioria dos acidentes na EN4 ocorre devido à negligência dos motoristas.

Otília Mawela, que perdeu um parente na EN4 há dois anos, concorda que a culpa dos acidentes recai sobre os condutores. "Os motoristas não prestam atenção, especialmente aos pedestres. Meu familiar foi atropelado e morreu aqui", lamentou.

A EN4, que conecta Moçambique à África do Sul, atravessa áreas densamente povoadas na província de Maputo. Os moradores dessas áreas acreditam que mais deve ser feito para melhorar a segurança.

Enquanto os usuários da estrada criticam os motoristas, também argumentam que a TRAC precisa melhorar as condições da via, pois as atuais não são adequadas.

Teixeira Jaconias, um motorista que trabalha próximo ao mercado de Malhampsene, onde estão sendo realizadas obras de reabilitação, expressa sua preocupação com a falta de segurança devido à ausência de uma faixa de reserva, o que aumenta os riscos para os condutores. "Deviam ampliar mais a estrada. Como está agora, não é segura e com os veículos quebrando, o trânsito fica congestionado", observou.

Fenias Mazive, representante da TRAC, sugere o uso de uma das faixas de rodagem para veículos com problemas. "Na área em que estamos, há três faixas de rodagem. Se um veículo tiver dificuldades, deve mover-se para a faixa da esquerda, deixando as outras faixas para o trânsito normal", explicou.

Entretanto, André Magasso, especialista em investigação de acidentes, discorda e afirma que uma faixa de segurança é essencial. "O padrão de construção de rodovias recomenda a existência de uma berma entre as faixas para emergências, como avarias ou acidentes. Não podemos usar uma faixa de rodagem para esse fim, isso é um erro. Os motoristas têm razão ao questionar essa falta, independentemente do número de faixas, a berma de segurança é necessária", enfatizou.

Lourenco Domingos, outro motorista, criticou a Polícia de Trânsito por não desempenhar seu papel de forma eficaz.

Outra preocupação levantada é a falta de iluminação no trecho entre Novare Mall e Tchumene, além da ausência de refletores no pavimento e no separador central. No entanto, a TRAC informou que está importando equipamentos para resolver essa situação em breve.

Sobre a falta de equipamentos de segurança na área em construção, o especialista em investigação de acidentes considera isso um erro grave, que pode estar custando vidas.

A EN4 é utilizada diariamente por cerca de 1800 caminhões, além de veículos de transporte público e particulares. Diante do recente aumento no número de acidentes, a polícia tem intensificado ações de sensibilização ao longo da estrada.

Outro ponto crítico é que, tanto de dia quanto de noite, os pedestres atravessam a via de forma insegura, expondo-se ao risco de atropelamento. Ler mais...

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Fonte: O país

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