Equilibrar carreira, vida conjugal e maternidade: os desafios enfrentados por mulheres jornalistas em Moçambique

Equilibrar carreira, vida conjugal e maternidade: os desafios enfrentados por mulheres jornalistas em Moçambique

Equilibrar carreira, vida conjugal e maternidade: os desafios enfrentados por mulheres jornalistas em Moçambique

No segundo e último dia da 1ª Conferência Internacional de Jornalismo Investigativo em Maputo, as participantes discutiram em um painel os obstáculos enfrentados por mulheres no campo jornalístico. As palestrantes do painel concordaram que equilibrar trabalho e família, além do assédio sexual por parte de colegas, chefes de redação e fontes, são desafios comuns para as mulheres jornalistas.

Ângela da Fonseca, jornalista do Ikweli, compartilhou suas experiências iniciais na profissão e enfatizou a importância de ter parceiros e gestores que compreendam as demandas do trabalho jornalístico e respeitem as questões específicas das mulheres. Ela mencionou situações em que teve que trabalhar segurando o filho no colo por não ter com quem deixá-lo e enfrentou dificuldades logísticas ao tentar conduzir uma entrevista num domingo devido à falta de transporte e cuidados para com seu bebê.

Célia Claudina, jornalista e jurista, também se identificou com essas dificuldades, tendo precisado interromper a amamentação de seu filho aos 8 meses por conta das demandas da profissão. As experiências compartilhadas demonstram os desafios práticos e emocionais que as mulheres jornalistas enfrentam diariamente.

Jacinta Nhamitambo, jornalista e editora principal da Radio Moçambique, bem como líder de uma organização que apoia mulheres jornalistas, destacou a importância da luta contínua das mulheres jornalistas por mais presença nas redações e mais oportunidades de formação em áreas que costumam ser dominadas por homens. Enfatizou a necessidade de que as mulheres jornalistas busquem espaços de destaque e especialização em áreas atualmente consideradas exclusivas para os homens.

Já Firoza Zacarias, defensora dos direitos humanos e diretora executiva do Fórum das Rádios Comunitárias, revelou que em suas iniciativas organizacionais houve um esforço significativo para aumentar a participação de mulheres nas redações das rádios comunitárias.

Ela ressaltou a importância da inclusão e diversidade de gênero nas equipes editoriais das rádios comunitárias, como uma forma de promover a igualdade e dar voz às mulheres neste meio de comunicação.

Fonte: Ikweli

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