A Polícia da República de Moçambique (PRM) iniciou hoje uma operação para garantir a segurança do processo eleitoral, cuja campanha começa no sábado, e assegurou proteção a "todos os principais envolvidos".
O comandante-geral da polícia moçambicana, Bernardino Rafael, afirmou durante o lançamento da "Operação Planeta V" em Maputo que a corporação se compromete a assegurar a segurança dos candidatos e líderes de listas, destacando que é sua missão proteger os principais envolvidos no processo eleitoral. Ele ressaltou que a prioridade da polícia é garantir um processo eleitoral "seguro e ordeiro" e fez um apelo aos partidos políticos para que conduzam a campanha eleitoral de 45 dias de forma pacífica, incentivando-os a confiar na corporação.
Tentativa de assassinato?
No domingo, o candidato presidencial Venâncio Mondlane alegou que um agente da polícia moçambicana tentou assassiná-lo no distrito de Zavala, na província de Inhambane. No entanto, a polícia desmentiu as acusações no dia seguinte, afirmando que o agente, que estava à paisana, estava "adequadamente designado" para garantir a segurança dos apoiantes de Mondlane.
“Foi uma tentativa de assassinato contra o candidato do povo”, declarou Mondlane em uma postagem no Facebook. Ele relatou que o policial à paisana tentou se aproximar dele de forma agressiva pelas costas, foi imobilizado e teve uma arma com 15 balas retirada.
Hoje, em seu discurso, o comandante-geral da polícia moçambicana reafirmou que não há qualquer plano para eliminar candidatos durante este processo eleitoral.
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Polícia não ameaça a vida de candidatos
“A polícia não está aqui para ameaçar a vida de nenhum candidato. Em momento algum a polícia tentou ou planejou eliminar qualquer candidato. Precisamos reduzir o dramatismo em questões de segurança. Nós entendemos como garantir a segurança, seja com uniforme ou à paisana. Somos especialistas em nossa função”, afirmou Bernardino Rafael.
As eleições gerais em Moçambique estão marcadas para 9 de outubro, com a campanha eleitoral começando oficialmente no sábado. O pleito incluirá eleições presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais.
Na corrida pela presidência de Moçambique, Daniel Chapo é o candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder). Ossufo Momade é o representante da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, principal partido de oposição). Lutero Simango concorre pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a terceira força parlamentar. Venâncio Mondlane, por sua vez, é apoiado pelo partido extraparlamentar Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos). Ler mais...
Fonte: DW
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