Moma: Atraso na remoção de carcaça de baleia ameaça a saúde dos moradores da vila de Macone
Nampula (IKWELI) – Há mais de um mês, uma carcaça de baleia apareceu na costa do distrito de Moma, mais precisamente na vila de Macone, a sede distrital. Desde então, a remoção dos restos tem sido adiada, o que pode representar um risco à saúde dos moradores da região.
Vicente Amade, um vendedor de peixe, afirma que a presença da baleia morta é uma ameaça à saúde dos residentes devido ao forte odor que emana. “Não sabíamos sobre a baleia, mas o cheiro chamou nossa atenção e fomos investigar. Mesmo estando distante, o mau cheiro chegava até o mercado. O governo tentou incinerar o peixe, mas o problema persiste. Essa situação coloca nossa saúde em risco”, comentou.
Armando Januário, um pescador, compartilha da mesma opinião e observa que, “após vinte dias da primeira tentativa de incineração, o odor ainda é forte, o que afasta as pessoas que costumavam frequentar o local para comer.”
Em contato telefônico, Francisco Chapo, delegado da Administração Marítima de Moma, explicou que a demora na remoção da carcaça se deve ao grande porte da baleia, o que dificulta o descarte completo. “No nível distrital, formamos uma equipe multissetorial para tratar dessa questão. No entanto, devido ao tamanho do peixe, a remoção tem sido complicada. Realizamos uma primeira incineração, mas não foi suficiente, e mesmo após a segunda tentativa, o problema persiste. Estamos avançando gradualmente, pois o cheiro tem diminuído. O que resta agora é principalmente gordura, que é difícil de queimar”, relatou.
Vale destacar que, quando a maré sobe, partes da carcaça são levadas de volta ao mar, ameaçando a biodiversidade marinha. (Isa João)