Vulcan assegura compromisso ambiental em resposta a queixas da comunidade

Vulcan assegura compromisso ambiental em resposta a queixas da comunidade

Vulcan assegura compromisso ambiental em resposta a queixas da comunidade

O presidente do grupo indiano Vulcan, que atua na exploração de carvão em Moçambique, reafirmou ontem o "compromisso" da empresa com a "conformidade ambiental", poucos dias após surgirem reclamações de comunidades locais sobre o aumento da poluição.

"Nós seguimos uma política de dano zero. E quando falamos em dano zero, referimo-nos ao impacto ambiental nulo (...). Todas as nossas instalações estão equipadas com as mais modernas tecnologias disponíveis. Às vezes, algum sistema pode falhar, mas estamos preparados para isso e tomamos as devidas precauções. Se houver algum erro, posso garantir que estamos completamente comprometidos em assegurar que nenhuma pessoa da nossa comunidade seja prejudicada", afirmou Mukesh Kumar.

As reclamações vêm de moradores de oito bairros em Moatize, na província de Tete, no centro de Moçambique, onde a Vulcan conduz suas operações de mineração de carvão. As comunidades alegam que as atividades da empresa têm intensificado a poluição na região.

“Suas práticas de extração e mineração não são compatíveis com qualquer tipo de vida humana que é defendida e protegida na Declaração Universal dos Direitos Humanos”, afirmaram os residentes em uma carta enviada à empresa.

A Vulcan explora uma área de 250 quilômetros quadrados em Moatize, sendo que a comunidade mais próxima está a cerca de 350 metros das minas, informou o presidente da empresa.

"Cada vez que realizamos uma detonação, garantimos que a vibração, o ruído e a poeira resultantes não ultrapassem 75 metros da área. Se essas variáveis forem mantidas dentro desse limite, não vejo risco ou ameaça à comunidade, que se encontra entre 350 e 500 metros de distância", acrescentou Mukesh Kumar.

O presidente da Vulcan também mencionou que uma equipe governamental visitou a área de mineração esta semana após as reclamações, e que a empresa aguarda um posicionamento oficial.

"Sempre digo que, além de obter a licença governamental para explorar uma área, o mais importante é conquistar a licença social para operar, que só pode ser concedida pelas comunidades. Estamos abertos a corrigir nossos erros, caso tenhamos cometido algum", concluiu.

Nos últimos três anos, a Vulcan produziu mais de 35 milhões de toneladas de carvão anualmente nas minas de Moatize, uma operação adquirida da brasileira Vale em abril de 2022 por mais de 270 milhões de dólares.

A Vulcan, parte do Jindal Group, avaliado em 18 bilhões de dólares, já operava em Moçambique antes da compra, administrando a mina Chirodzi, também localizada na província de Tete.

A Vale, que operou em Moçambique por 15 anos, foi responsável pela exploração da mina de Moatize e por 912 quilômetros de ferrovia no Corredor Logístico de Nacala para o transporte de carvão, infraestrutura que também foi vendida à Vulcan.

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