Combate aos Raptos pode ser Efetivo se Polícia Demonstrar sua Capacidade, Afirma Sérgio Quihá
Os sequestradores podem se retrair caso a Polícia demonstre ter capacidade para combater os sequestros. Essa ideia é sustentada pelo jurista Sérgio Quihá, que também acredita que se for comprovado que a ex-sogra de Nini Satar é a mandante, isso pode marcar o início do fim dos sequestros.
Hoje, pela primeira vez, foi revelada a identidade de uma mandante de sequestros, após o Ministério do Interior registrar cerca de 200 casos nos últimos 15 anos. A pessoa em questão é uma mulher de 62 anos, que coincidentemente é a ex-sogra de Nini Satar. Em resposta a este caso, o jurista Sérgio Quihá menciona que se a acusada for de fato culpada, é possível que o número de sequestros diminua no futuro.
Considerando a possibilidade de essa mulher ser de fato a mandante do crime, é possível vislumbrar o fim dos sequestros, pois esse crime envolve várias pessoas e, portanto, há chances de mais envolvidos serem detidos, o que poderia levar a uma diminuição da frequência desses crimes.
Para além de representar um sinal positivo para a redução de um crime que assola o país há cerca de 15 anos, ele argumenta que os sequestradores podem ficar mais hesitantes em suas ações.
Isso também servirá para mostrar aos sequestradores que o SERNIC possui as habilidades necessárias para combater esse tipo de crime. Quando não havia essas informações, os criminosos acreditavam que o SERNIC não tinha os recursos ou a expertise necessária para combatê-los. Portanto, ao revelar os envolvidos hoje, é possível que haja uma redução nos próximos meses", afirmou Quihá.
Ao mesmo tempo, o jurista ressaltou a importância da precisão na construção de provas antes de expor publicamente suspeitos, evitando assim manchar a reputação de pessoas inocentes.
O SERNIC, uma instituição vinculada ao Ministério Público, será responsável por acusar a mulher em questão, e o processo de investigação preliminar é confidencial, com a produção de provas mantida em segredo de justiça. A preocupação foi levantada sobre a potencial repercussão na imagem e reputação das pessoas caso não seja comprovado que ela não é a mandante.
Quihá expressou a urgência de se obter respostas para os casos de sequestro, citando estatísticas que mostram a ocorrência de um sequestro por mês em média. Ele questionou a justificativa para tal frequência, considerando o atual contingente policial no país, que atingiu um número histórico de agentes, registrando a inclusão de aproximadamente 11 mil em uma única formação para manter a ordem pública em Moçambique.
Em relação aos sequestros, as penas previstas variam de 16 a 20 anos, podendo chegar a 24 anos com a aplicação de agravantes, para todos os envolvidos.
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Fonte: O país