Eleições 2024: Venâncio Mondlane afirma ser o candidato popular


O candidato à presidência, Venâncio Mondlane, afirmou que não é mais apoiado pela Coligação Aliança Democrática (CAD), pois será representado pelos cidadãos moçambicanos nas próximas eleições presidenciais, legislativas, nas assembleias e na escolha de governadores provinciais, agendadas para o dia 9 de outubro.

Ao falar com membros da CAD após desembarcar ontem (04) no Aeroporto Internacional de Maputo, Mondlane esclareceu que o Conselho Constitucional (CC), autoridade máxima para decisões jurídicas e constitucionais, bem como litígios eleitorais, junto com os órgãos de gestão eleitoral do país, forneceram uma chance para rejeitar a candidatura da CAD.

"Devo expressar minha gratidão ao Conselho Constitucional e à CNE [Comissão Nacional de Eleições], pois antes eu era candidato da CAD. Agora, recebi uma honra maior. Passarei de candidato da CAD a candidato do povo moçambicano", declarou.

Recentemente, o CC rejeitou o recurso apresentado pela CAD, invalidando a participação da coligação nas eleições gerais. A decisão do CC menciona que esse órgão de soberania não reconhece a inscrição da CAD para objetivos eleitorais, o que "impede consequentemente a possibilidade ou o direito de apresentação das candidaturas".

A inclusão da CAD foi aprovada pela CNE, uma entidade estatal autônoma e justa, responsável pela fiscalização do recenseamento e das atividades eleitorais, no dia 9 de maio passado.

No entanto, a CNE recusou as listas de candidatos às eleições legislativas, incluindo membros das assembleias provinciais e para governador da província, pois determinou que a CAD infringiu a lei dos partidos políticos, e não a lei eleitoral.

Mondlane destacou que, a partir da próxima quarta-feira (07), liderará protestos por todo o país. "A primeira manifestação ocorrerá na quarta-feira, ao meio-dia. Vamos pintar nossas mãos de preto; quem não tiver tinta, pode usar carvão. Sairemos às ruas, onde quer que estivermos, seja no trabalho ou no mercado. Levantaremos nossas mãos tingidas de preto para simbolizar nossa participação no funeral da justiça," explicou Mondlane.

Posteriormente, ele adicionou que às 20h00 daquela mesma quarta-feira, em todas as praças conhecidas de Moçambique, os integrantes da CAD devem se reunir, acender velas e "anunciar o funeral da democracia". Ele declarou: "Realizaremos essa manifestação em todo o país em cinco minutos".

Conforme Mondlane, a CAD deve se encontrar nos próximos dias para definir as estratégias necessárias, que serão divulgadas nos meios de comunicação.

A CAD se destacou por ser o grupo político que apoia a candidatura de Mondlane à presidência. Mondlane, que anteriormente era deputado, era conhecido por suas intervenções contundentes na Assembleia da República (AR), o parlamento do país, até renunciar ao seu mandato. Durante seu tempo na AR, Mondlane fazia parte da bancada da Renamo, o maior partido de oposição.

Mondlane tinha a expectativa de ser o candidato da Renamo à Presidência da República nas eleições de 09 de Outubro próximo. Entretanto, a liderança da Renamo impediu-o de desafiar o atual presidente do partido, Ossufo Momade, no congresso realizado em Maio, no Município de Alto-Molócuè, na província central da Zambézia.

Dessa forma, ele deixou a Renamo e, com o apoio de seus seguidores, conseguiu reunir mais de 10.000 assinaturas necessárias para sua candidatura presidencial. Ele recorreu ao CAD como uma força que poderia apoiá-lo na conquista de pelo menos alguns assentos no parlamento e nas assembleias provinciais. (AIM) Ler mais...

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Fonte: Carta

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