Em Nampula, o partido AMUSI estará na última posição no boletim de voto para as eleições gerais de 9 de outubro deste ano, ao menos na província de Nampula, onde concorre para a Assembleia da República e Provincial, de acordo com o sorteio recentemente realizado pelos órgãos eleitorais.
Além de Nampula, o partido AMUSI concorre para as eleições legislativas nas províncias de Cabo Delgado, Zambézia, Sofala e Maputo, além de concorrer ao cargo de governador provincial em Nampula.
Para Mário Albino, Presidente do AMUSI, o fato de ficarem em último lugar no boletim de voto é visto como um reflexo da vontade de Deus, pois acredita que isso facilitará a visibilidade do partido e sua mensagem aos eleitores durante a campanha eleitoral.
"Nós tomamos conhecimento do sorteio através de nosso representante nacional, que foi convidado pela Comissão Nacional de Eleições. Estamos em último lugar. No contexto dos símbolos partidários, o AMUSI está na última posição. Como sabem, o fechamento da porta quando o chefe entra simboliza liderança. Estar na última posição significa que subindo de baixo para cima, somos o primeiro. Agradecemos a Deus por nos proporcionar este lugar", afirmou Mário Albino, líder do AMUSI, em entrevista exclusiva ao Ikweli.
Neste período eleitoral, Mário Albino viu sua candidatura à Presidência da República rejeitada pelo Conselho Constitucional por motivos que considera pouco claros. O político alega que seu partido seguiu todas as normas estabelecidas na lei eleitoral, tendo apresentado mais de 19 mil apoiantes em apoio à candidatura presidencial, e portanto, não vê sentido em sua exclusão da corrida para a Presidência.
"Lamentamos profundamente que nossa candidatura tenha sido rejeitada. Entramos com uma reclamação junto ao Conselho Constitucional e comunicamos isso às embaixadas, ao Provedor de Justiça e realizamos uma conferência de imprensa em Maputo para relatar a situação, mas até agora não recebemos resposta", recordou o líder do AMUSI.
Quando questionado sobre qual dos quatro candidatos à Presidência da República, já aprovados pelo Conselho Constitucional, o AMUSI pretende apoiar durante a campanha, Mário Albino afirmou que poderá apoiar um candidato que demonstre interesse, desde que esteja comprometido com o desenvolvimento inclusivo do país e seja uma figura consensual para o povo moçambicano.
"Até que surja um candidato que compartilhe nossas visões de mudança e prioridades para Moçambique, e que não esteja associado aos comunistas e seus aliados, não iremos expressar nosso apoio. Queremos mostrar ao mundo que havia uma esperança para o povo moçambicano nas eleições presidenciais. Nós apelamos para que não votem em nenhum candidato presidencial, a menos que surja alguém que apresente um manifesto e um interesse genuíno no consenso nacional, nesse caso, poderíamos oferecer nosso apoio", declarou Mário Albino.
"O candidato deve buscar o desenvolvimento equilibrado do país, visando a formação de um governo que represente quase uma unidade nacional. A composição do governo não deve ser regionalmente tendenciosa, favorecendo uma região em detrimento de outras em termos de representatividade. Portanto, se surgir um candidato presidencial com uma visão inclusiva, estamos dispostos a apoiar", enfatizou o líder do AMUSI, Constantino Henriques.
Fonte: Ikweli