O candidato presidencial moçambicano Mondlane afirma que "desta vez é o fim".

O candidato presidencial moçambicano Mondlane afirma que "desta vez é o fim".

Mondlane promete mudanças radicais após décadas de injustiça e corrupção.

Neste domingo, em Montepuez, norte de Moçambique, o candidato presidencial Venâncio Mondlane alertou que, após "50 anos de humilhação e corrupção", o "tsunami" que se seguirá às eleições gerais de 9 de outubro "vai transformar tudo", afirmando que "desta vez é o fim".

"Este ano é o momento de honrarmos o homem que dedicou 40 anos de sua vida à luta por este povo e que faleceu nas montanhas como um mártir (...) Não permitiremos nenhuma 'máfia' em homenagem a Afonso Dhlakama [líder histórico da Renamo, 1953-2018]", declarou Mondlane durante um comício improvisado que reuniu milhares de pessoas nesta manhã em Montepuez, Cabo Delgado.

Um alerta sobre o impacto das próximas eleições foi feito por Venâncio Mondlane, ex-deputado da Renamo, ao afirmar que o "tsunami" político que se aproxima vai causar uma grande transformação, referindo-se às manifestações que organizou no final de 2023 contra os resultados das eleições autárquicas em Maputo. Ele liderou a lista da Renamo, que contestou a vitória da Frelimo, acusando-a de fraudes.

Mondlane criticou seu ex-chefe, Ossufo Momade, por supostas práticas corruptas e afirmou que a juventude está disposta a lutar por mudanças, prometendo que não aceitará mais mentiras ou manipulações. "Desta vez, acabou", garantiu, com o apoio de seus seguidores.

Ele ressaltou a necessidade de devolver Moçambique aos seus cidadãos após 50 anos de corrupção e opressão. Em Cabo Delgado, uma província rica em recursos, ele pediu que o dinheiro local fosse investido em educação, saúde e infraestrutura.

As eleições presidenciais de 9 de outubro, que também incluem pleitos legislativos e para governadores, ocorrerão sem a participação do atual presidente, Filipe Nyusi, que não pode concorrer novamente. Mondlane está na corrida, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), enfrentando candidatos da Frelimo, da Renamo e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Mais de 17 milhões de eleitores estão registrados, incluindo cerca de 334 mil no exterior, segundo a Comissão Nacional de Eleições.

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