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Preparativos das Eleições Gerais em Moçambique: CNE Preocupa-se com Segurança em Cabo Delgado
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique expressou hoje sua "grande preocupação" com a segurança nas áreas afetadas por ataques armados na província de Cabo Delgado, solicitando apoio aéreo para o deslocamento de agentes eleitorais e equipamentos.
Cuinica comentou em uma coletiva de imprensa sobre os preparativos para as eleições gerais agendadas para 9 de outubro.
"Nós acreditamos que conseguiremos realizar as eleições nessas áreas. Tudo o que está ao nosso alcance está sendo feito, na expectativa de que as Forças de Defesa e Segurança garantam as condições necessárias para um processo eleitoral tranquilo", afirmou.
Ele acrescentou que os órgãos eleitorais estão verificando os materiais de votação que serão utilizados nos distritos afetados pela insurgência.
"Confiamos na segurança que nos é proporcionada pelas Forças de Defesa e Segurança", ressaltou o porta-voz da CNE.
Desde outubro de 2017, Cabo Delgado, uma província rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques atribuídos a grupos vinculados ao Estado Islâmico. Ações coordenadas das forças moçambicanas, do Ruanda e da África Austral permitiram a recuperação de áreas antes dominadas pelos rebeldes, reduzindo a insurgência a ataques esporádicos, muitas vezes motivados pela busca de suprimentos.
As eleições de 9 de outubro serão a sétima vez que Moçambique realiza eleições presidenciais. O atual presidente, Filipe Nyusi, não se candidatará, pois já cumpriu o limite constitucional de dois mandatos. Essas eleições também incluem a sétima legislativa e as quartas para assembleias e governadores provinciais.
Mais de 17 milhões de eleitores estão registrados para votar, incluindo 333.839 no exterior, conforme dados da Comissão Nacional de Eleições.
Os candidatos à presidência são Daniel Chapo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Ossufo Momade, da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), e Venâncio Mondlane, ex-membro da Renamo, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).