Foto: O País |
Amélia Muendane abandona funções levando consigo os salários de 500 Funcionários da Mobilidade da Autoridade Tributária de Moçambique.
Os trabalhadores do grupo de mobilidade da autoridade tributária aguardam desde 2022 pelo cumprimento de promessas salariais que nunca se concretizaram. Estes colaboradores estiveram, entre outubro de 2022 e maio de 2023, destacados no quartel de Boane, mas até agora não houve avanços na sua situação. A presidente agora partiu para os aeroportos de Moçambique sem formalizar a sua saída, deixando os funcionários sem conhecimento do seu paradeiro. Estes 500 trabalhadores não recebem salários compatíveis com os Técnicos Superiores Tributários, e muitos já perderam as suas casas.
Eles já enviaram 10 pedidos de audiência à antiga Presidente da Autoridade Tributária, sendo todos ignorados. Agora, apelam a alguém influente para interceder em sua defesa, na esperança de gerar polémica que possa levar a sua situação a ser destaque na comunicação social, pressionando assim a nova presidente a tomar medidas.
Os funcionários tiveram de adquirir os seus próprios uniformes, obrigando-se a gastar dinheiro do seu bolso. Não possuem vestuário adequado nem crachás de identificação, e é necessário que um familiar contribua financeiramente para assegurar estas condições. Recentemente, mais 100 colegas foram integrados no quartel, e uma colega que estava presente passou por uma tragédia ao perder um filho, sem poder sequer viajar para ser assistida e sem receber qualquer auxílio, ao contrário do que se observa em outras instituições.
Atualmente, uma nova Diretora Nacional está a realizar viagens, possivelmente apenas para usufruir de recursos, uma vez que a presidente que a nomeou já não está no cargo, e não se sabe se ela continuará a ter a mesma posição. Neste momento, não há documentação que valide a sua situação e os funcionários vivem num estado de desespero.
Fonte: Unay Cambuma