Dinamarca anuncia novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia

Dinamarca anuncia novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia
Foto: Finans

Dinamarca destina 1,3 bilhões de coroas à Ucrânia para fortalecer suas capacidades militares e criar um complexo industrial conjunto.

A Dinamarca informou hoje que irá destinar 1,3 bilhões de coroas (aproximadamente 174 milhões de euros) à Ucrânia, com o objetivo de fortalecer suas capacidades militares e estabelecer um complexo industrial de defesa em parceria com o país.

Segundo o Ministério da Defesa dinamarquês, a ajuda incluirá armamentos e equipamentos produzidos na Ucrânia, financiados pela Dinamarca e com recursos provenientes de ativos russos congelados. O ministro do Comércio e da Indústria, Morten Bødskov, destacou que as vitórias não ocorrem apenas no campo de batalha, mas também na indústria.

Este novo polo industrial visa facilitar a criação de parcerias mais diretas. Em fevereiro, a Dinamarca firmou um acordo de segurança de dez anos com Kyiv, seguindo o exemplo de Berlim, Londres e Paris.

A invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, foi justificada por Moscovo como uma medida para proteger minorias separatistas e "desnazificar" a Ucrânia, que desde 1991 se distanciou da influência russa, buscando maior integração com a Europa e o Ocidente.

A guerra resultou em inúmeras baixas de ambos os lados, e nos últimos meses, a Rússia intensificou seus ataques aéreos contra cidades ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm realizado operações em território russo próximo à fronteira e na península da Crimeia, anexada ilegalmente em 2014.

Após quase três anos de conflito, as Forças Armadas ucranianas enfrentam dificuldades em relação a pessoal e recursos militares, apesar das promessas de apoio de aliados ocidentais. Nos últimos tempos, alguns países começaram a permitir que Kiev utilizasse armamento de longo alcance.

As tropas russas, que se mostram mais numerosas e equipadas, continuam seu avanço na frente oriental, mesmo diante da ofensiva ucraniana na região de Kursk. As negociações de paz estão estagnadas desde a primavera de 2022, com Moscovo insistindo na aceitação da anexação de parte do território ucraniano.

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