Ministra da Educação afirma que alguns pais estão transmitindo práticas de corrupção para seus filhos

Ministra da Educação afirma que alguns pais estão transmitindo práticas de corrupção para seus filhos
Foto: O País


Ministra da Educação afirma que alguns pais estão transmitindo práticas de corrupção para seus filhos

A ministra da Educação e Desenvolvimento Humano afirmou que alguns pais estão transmitindo a prática da corrupção aos seus filhos. Carmelita Namashulua explicou que há responsáveis que passam o ano todo sem visitar a escola do filho, mas aparecem somente quando o aluno é reprovado para tentar reverter a situação, ou até enviam o próprio filho para negociar com o professor.

Namashulua expressou preocupação com a presença da corrupção nas escolas, mencionando que, em algumas situações, tolera-se a negociação de notas. Segundo ela, tais atitudes, embora pareçam insignificantes, contribuem para que os alunos acreditam que podem alcançar seus objetivos através de subornos.

A ministra também destacou a gravidade da situação quando pais e responsáveis são os responsáveis por ensinar esses comportamentos corruptos. Ela observou que há pais que só vão à escola quando seus filhos são reprovados e que, muitas vezes, pedem ao próprio filho para questionar o professor sobre o que pode ser feito para alterar a nota. Namashulua considera que tais ações devem ser enfrentadas com rigor.

Além disso, a procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, alertou que as escolas estão se tornando um alvo para grupos criminosos que buscam ensinar práticas de crime organizado aos jovens. Ela destacou que o crime está cada vez mais presente nas comunidades, afetando indivíduos e instituições, e que os criminosos tentam se infiltrar em todos os segmentos da sociedade, com ênfase nos jovens.

Para enfrentar essa realidade, a Procuradoria-Geral da República e o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano assinaram um memorando de entendimento. Este acordo visa fortalecer a educação comunitária e escolar sobre a prevenção do recrutamento de jovens para atividades criminosas. O memorando também proporcionará a capacitação de professores para identificar sinais de risco e prevenir a criminalidade, com foco em corrupção, lavagem de dinheiro, extremismo violento, tráfico e uso de drogas. Além disso, o acordo permitirá a criação de núcleos escolares e de resiliência comunitária para garantir um ambiente escolar seguro e saudável.

Fonte: O País

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