A PRM bloqueou a campanha da PODEMOS em Marracuene por não apresentar a devida autorização, segundo os relatos de observadores eleitorais.

A PRM bloqueou a campanha da PODEMOS em Marracuene por não apresentar a devida autorização, segundo os relatos de observadores eleitorais.
Foto: GettyImages


PRM Intervém e Impede Atividades da PODEMOS por Falta de Autorização

Agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) impediram membros do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) de realizar atividades de campanha no distrito de Marracuene, na província de Maputo, sob a justificativa de falta de autorização. O incidente foi destacado esta semana pelo Consórcio Eleitoral Mais Integridade, em um novo relatório sobre a observação da campanha eleitoral no país.

De acordo com o relatório, este é um dos exemplos de intolerância política observados durante a quarta semana da campanha. Outros episódios ocorreram em Milange, na província da Zambézia, e em Homoíne, na província de Inhambane.

Em Milange, o régulo local impediu membros do MDM de colarem panfletos, afirmando que aquele espaço era exclusivo para material da Frelimo. Em Homoíne, o diretor da Escola Secundária 10º Congresso de Pembe convocou colegas da Frelimo para obstruir as atividades de campanha do MDM.

O “Mais Integridade” também registrou situações semelhantes nos distritos de Gurué (Zambézia) e Lago (Niassa). Em Gurué, a Frelimo negou a entrada de um observador, alegando que ele pertencia a um partido da oposição. No Lago, um observador foi ameaçado por um simpatizante da Frelimo por ter fotografado uma atividade de campanha do partido.

Além disso, os observadores notaram um aumento no número de vítimas fatais, que subiu de 5 para 6, incluindo uma criança atropelada por um moto-taxista no distrito da Manhiça durante a campanha. A plataforma, formada em 2022 por sete organizações da sociedade civil, também apontou uma leve redução de 1% nos confrontos físicos entre apoiadores de diferentes partidos.

Os eventos mais significativos foram registrados em Gondola (Manica), onde simpatizantes da Renamo destruíram uma bandeira da Frelimo e impediram suas atividades de campanha. A Frelimo, por sua vez, adotou uma postura semelhante em Morrumbala (Zambézia), bloqueando a campanha do MDM, o que levou este partido a mudar de local.

O relatório do “Mais Integridade” também destaca a utilização inadequada de bens públicos pela Frelimo para influenciar o eleitorado. Na quarta semana da campanha, 13% dos eventos mostraram uso indevido de recursos públicos. A Frelimo continuou liderando, com 27% das atividades observadas utilizando bens do Estado, um aumento de 2% em comparação com a terceira semana. Em contrapartida, Renamo e MDM usaram recursos públicos em menos de 1% de suas atividades, mostrando uma redução dessa prática. Funcionários públicos, professores e veículos do governo foram frequentemente vistos nas campanhas do partido governante.

A campanha eleitoral para as VII Eleições Gerais e IV Provinciais encerra em 6 de outubro, com a votação agendada para 9 de outubro, tanto no país quanto no exterior.

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