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O presidente do Quênia, William Ruto, declarou que mais 600 militares estão a caminho para integrar a missão multinacional de apoio à segurança no Haiti.
Depois de chegar no sábado à capital haitiana, Porto Príncipe, Ruto informou que o Quênia enviará mais 300 soldados em outubro, com outro contingente do mesmo tamanho previsto para novembro.
O Presidente do Quénia afirmou que as tropas atualmente no Haiti são insuficientes, destacando a necessidade de ter 2.500 efetivos, enquanto apenas 400 estão disponíveis. Ele também mencionou desafios logísticos e a falta de recursos para a missão.
No entanto, Ruto destacou que vários países estão começando a se comprometer a apoiar o Haiti, com a promessa de um destacamento de 20 nações adicionais para se juntarem à força multinacional. Recentemente, cerca de 20 policiais e soldados da Jamaica chegaram ao país.
A meta é alcançar um contingente de 2.500 militares. Países como Bahamas, Bangladesh, Barbados, Benim e Chade já se comprometeram a enviar tropas, embora ainda não haja uma data definida para isso.
Ruto elogiou os avanços registrados no Haiti nos três meses desde o início da missão apoiada pela ONU, ressaltando a melhoria na segurança em locais estratégicos, como o aeroporto e o Palácio Nacional.
Acompanhado do presidente do Conselho Presidencial de Transição do Haiti, Edgard Leblanc Fils, Ruto enfatizou que a missão está começando a dar frutos, mas é crucial aumentar o número de tropas e recursos para que o país possa eventualmente retomar o controle da segurança.
Por outro lado, o enviado da ONU para os direitos humanos no Haiti, William O'Neill, alertou sobre a grave situação da população, que continua a sofrer com violações de direitos humanos, incluindo um aumento da violência sexual e do tráfico de crianças.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também manifestou preocupação com a escassez de financiamento para a missão, que deve custar cerca de 600 milhões de dólares por ano, enquanto apenas 68 milhões foram arrecadados até agora.
Fonte: Mundo ao Minuto