Roberto Tibane Desiste de Apoiar Venâncio Mondlane Após Identificar "Linhas Vermelhas"
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Em julho, durante o programa "De Frente Com o Povo" da TV Sucesso, o economista Roberto Tibane, anteriormente simpatizante do Movimento Frente de Libertação de Moçambique, foi questionado sobre sua atual relação com Venâncio Mondlane. Tibane esclareceu que sua relação com Mondlane sempre foi de amizade, e que ele tem acompanhado o trabalho de Mondlane com grande apreço. Tibane afirmou: "Meu apoio a Venâncio Mondlane é incondicional como cidadão, sem envolvimento financeiro ou afiliação partidária. Apenas ofereci minha ajuda devido ao seu excelente trabalho e à lição que está ensinando."
Recentemente, Tibane anunciou a retirada de seu apoio a Mondlane após identificar "linhas vermelhas" associadas ao partido PODEMOS, que apoia Mondlane nas eleições. Em um comunicado, Tibane explicou suas razões:
"A primeira linha vermelha refere-se às declarações retrogradas de um membro ou dirigente do PODEMOS sobre o papel da mulher, que foram veiculadas em televisão. Essas declarações tratam a mulher como inferior, restrita ao cuidado doméstico e à reprodução, negando sua emancipação política, econômica e social. Elas vão contra os valores que defendo e atacam as conquistas das mulheres moçambicanas desde a independência. Foi inaceitável ouvir tais afirmações de um partido que pretende governar o país em um momento em que as mulheres enfrentam graves violações de seus direitos."
"A segunda linha vermelha é um compromisso do PODEMOS com a 'Introdução da pena de morte para crimes de corrupção', na crença de que isso reduziria drasticamente a corrupção. Lembro que Moçambique já teve essa pena, introduzida pela FRELIMO após a independência e abolida em 1990.
Na época, a pena foi usada com o mesmo argumento, mas alguns dos maiores corruptos atuais foram aqueles que instituíram e aplicaram essa pena, frequentemente em execuções públicas que atraíam a população, enquanto enriqueceram através de práticas corruptas, como o contrabando de cimento e roupas. Esses episódios demonstram que a pena de morte não foi eficaz em combater a corrupção."
Fonte: TV sucesso
