A UE solicita esclarecimentos a Moçambique sobre supostas execuções realizadas por militares.


A Comissão Europeia solicitou que as autoridades de Moçambique forneçam esclarecimentos sobre as acusações de homicídios de civis atribuídos a militares moçambicanos na província de Cabo Delgado, em 2021.

A UE solicita esclarecimentos a Moçambique sobre supostas execuções realizadas por militares.

Um porta-voz da Comissão Europeia afirmou à Lusa que "aguardamos informações esclarecedoras das autoridades de Moçambique".

Ele reafirmou o compromisso da União Europeia (UE) em respeitar os direitos humanos em Cabo Delgado, sem questionar a missão da UE que treina os militares moçambicanos. Essa missão, que começou em 2022, visa oferecer apoio em uma região afetada por insurgentes que invadiram diversas áreas e atacaram aldeias.

O porta-voz destacou que os incidentes denunciados ocorreram antes do início da missão da UE. Ele também enfatizou que a proteção da população civil e o cumprimento do direito humanitário internacional são fundamentais para essa missão e um aspecto crucial do diálogo político com Moçambique.

Ele reconheceu que, antes do início da missão, não havia formação adequada para os militares em relação à proteção dos direitos humanos, uma abordagem que foi bem recebida.

A declaração foi em resposta a um artigo publicado no POLITICO, que expõe abusos de direitos humanos em 2021, incluindo homicídios cometidos por militares moçambicanos contra civis na região. O artigo relata que civis tentando escapar de confrontos foram confundidos com milicianos.

Os crimes, que supostamente ocorreram no verão de 2021, envolvem relatos de tortura e morte de homens de uma comunidade, onde apenas 26 sobreviveram de um grupo estimado entre 180 e 250 pessoas, segundo o POLITICO.

Esses eventos teriam acontecido próximo às instalações da Total em Cabo Delgado, onde, em 2021, insurgentes atacaram a localidade de Palma, nas proximidades da petrolífera. Organizações de defesa dos direitos humanos e grupos contrários à exploração de petróleo na região exigiram esclarecimentos sobre as alegações do artigo.

Foto: GettyImages

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