A União Europeia considera que a vitória da Frelimo não é convincente e solicita a divulgação dos editais de cada mesa de votação



A Comissão Nacional de Eleições revelou na última quinta-feira que o partido Frelimo e seu candidato, Daniel Chapo, venceram as eleições, que foram denunciadas como fraudulentas e estão gerando contestações em todo o país, acompanhadas por 
manifestações violentas.

De acordo com a CNE, Daniel Chapo recebeu 4,9 milhões de votos, correspondendo a 70,6%. Venâncio Mondlane obteve 1,4 milhão de votos (20,3%), Ossufo Momade recebeu 403 mil votos (5,8%), e Lutero Simango, 223 mil votos (2,2%).

Para a Assembleia da República, a CNE atribuiu cerca de 80% dos votos ao Frelimo, que conquistou 195 cadeiras. O partido PODEMOS ficou em segundo lugar, com 31 assentos. A Renamo ocupa a terceira posição com 20 cadeiras, enquanto o MDM terá quatro deputados.

A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia em Moçambique declarou que registrou a divulgação dos resultados eleitorais pela Comissão Nacional de Eleições, ressaltando que estes não apresentam credibilidade suficiente.

“O anúncio feito pela CNE não aliviou as preocupações da MOE UE quanto à falta de transparência no processo de contagem e apuração.”

Em uma nota enviada à mídia, a União Europeia pede às autoridades eleitorais que garantam total transparência, incluindo a divulgação dos resultados detalhados por mesa de votação.

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