Adriano Novunga Critica Crise Política em Moçambique e Denuncia Irregularidades nas Eleições de 2024

Adriano Novunga Critica Crise Política em Moçambique e Denuncia Irregularidades nas Eleições de 2024

Adriano Novunga, em sua recente live, expressou forte indignação em relação à situação política atual em Moçambique, particularmente no que se refere às eleições de 9 de outubro de 2024, que ele descreveu como as "mais feias da história" do país.

Ele criticou abertamente várias figuras importantes, incluindo o presidente Filipe Nyusi, Daniel Chapo, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e Dom Carlos Matsinhe, que afirmou ter agido de forma inadequada em relação à comunicação dos resultados eleitorais.

Novunga destacou a forma como Nyusi apareceu em um vídeo que viralizou nas redes sociais, usando o nome do Candidato Daniel Chapo que venceu as eleições de 9 de outubro em forma de uma canção "Chapo presidente, Doa a quem doer", a qual classificou como uma mensagem inapropriada e desrespeitosa.

Ele argumentou que a comunicação do presidente deve ser mais respeitosa e em sintonia com as preocupações do povo moçambicano, sugerindo que Nyusi deveria ter feito um pronunciamento formal e mais sensível à nação.

Além disso, Novunga criticou Daniel Chapo, que foi declarado vencedor das eleições, por não ter se comunicado com clareza com a população.

Ele pediu que Chapo convocasse a imprensa e abordasse diretamente as preocupações e insatisfações do povo, especialmente no que se refere às alegações de resultados eleitorais fraudulentos. O descontentamento popular, segundo ele, levou a manifestações que não deveriam ser desconsideradas.

Outra crítica de Novunga foi direcionada à CNE e a Dom Carlos Matsinhe, a quem acusou de divulgarem resultados que não representam a verdadeira vontade do povo. O bispo ressaltou que, como líder religioso, Matsinhe deveria agir com mais integridade e transparência. Novunga pediu a ele que publicasse os Editais originais, a fim de aliviar as tensões e buscar justiça no processo eleitoral.

No que tange à Polícia da República de Moçambique (PRM), Novunga denunciou a morte de 11 pessoas, entre elas figuras respeitáveis como o Doutor Elvino Dias e Paulo Guambe, e fez referência a grupos de extermínio que, segundo ele, atuam sob ordens da chefia policial.

Ele fez um apelo à polícia, pedindo que evitem a repressão violenta e a morte de cidadãos inocentes, ressaltando que a responsabilidade por tais crimes recaí sobre aqueles que dão as ordens.

Novunga, com suas críticas, revelou uma preocupação profunda com a justiça e a transparência no processo eleitoral, clamando por uma comunicação mais honesta entre os líderes e o povo. 

Ele enfatizou a importância de ouvir e respeitar a vontade da população, especialmente em tempos de crise, e da necessidade de evitar mais derramamento de sangue devido a conflitos e insatisfações sociais. 

Suas declarações refletem um chamado à responsabilidade e à ética na liderança política, buscando promover um diálogo mais aberto e respeitoso entre o governo e os cidadãos.

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