Caso Dias e Guambe Tem Repercussão Internacional

Repercussão Global dos Assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe em Moçambique


Repercussão Global dos Assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe em Moçambique

O assassinato de Elvino Dias, advogado de Venâncio Mondlane, e de Paulo Guambe, mandatário do partido PODEMOS, ocorrido na noite de 18 de outubro, teve repercussão significativa na imprensa internacional. Jornais na Alemanha, Bélgica, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos deram destaque ao duplo homicídio na área central de Maputo.

O The New York Times noticiou o caso enfatizando o aumento da tensão em Moçambique após as eleições gerais de 9 de outubro. O jornal destacou que dois dos "principais apoiadores do principal candidato presidencial da oposição" foram mortos a tiros "após uma eleição marcada por alegações de fraude".

Na Bélgica, o La Libre informou que o advogado de Venâncio Mondlane, que estava a preparar uma queixa denunciando fraude nas recentes eleições, foi assassinado "à queima-roupa". O The Guardian, do Reino Unido, reportou o caso, ressaltando que "figuras da oposição de Moçambique são mortas enquanto crescem os protestos contra os resultados das eleições".

Em Portugal, o caso não passou despercebido, sendo amplamente divulgado por diversos órgãos de comunicação social. O jornal Público descreveu o duplo homicídio como uma “mancha indelével” nas eleições em Moçambique. O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, condenou os assassinatos e expressou preocupação com a situação no país em uma nota publicada no site da Presidência.

Na Alemanha, o duplo homicídio foi reportado pelo Frankfurter Allgemeine, que destacou que a "oposição em Moçambique tem vindo a protestar contra o Governo há semanas por causa de uma suposta fraude eleitoral". O periódico mencionou que a polícia moçambicana está respondendo aos atos da oposição com "cada vez mais violência", mencionando os assassinatos de dois partidários de Venâncio Mondlane.

As reações nas redes sociais também se multiplicaram. Em Angola, Nelito Da Costa Ekuikui, deputado e secretário-geral da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), lamentou a perda de Elvino Dias, destacando sua importância não só para Moçambique, mas para toda a África. 

Reações semelhantes foram vistas na rede social X (antigo Twitter).

Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, condenou os assassinatos e a União Europeia apelou a uma investigação "imediata, exaustiva e transparente" do caso.

No Zimbábue, a organização de direitos humanos "Zimbabwe Lawyers for Human Rights" uniu-se à Ordem dos Advogados de Moçambique em seu clamor por justiça.

No entanto, em Moçambique, houve críticas à "falta de presença" do Presidente da República nas reações aos assassinatos. Adriano Nuvunga, diretor do Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD), questionou o "silêncio" de Filipe Nyusi e exortou o chefe de Estado a fazer um "comunicado à Nação".

O caso promete continuar a gerar discussões. Marchas de repúdio ao homicídio de Elvino Dias e Paulo Guambe estão agendadas para esta segunda-feira (21 de outubro). O Governo moçambicano pediu calma e serenidade, garantindo que as autoridades estão trabalhando para esclarecer o caso com urgência.

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