CNE avalia o processo eleitoral como positivo

CNE avalia o processo eleitoral como positivo
Foto: O país


CNE avalia o processo eleitoral como positivo

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgou um balanço preliminar do recente processo eleitoral realizado em todo o país e no exterior, destacando que, apesar de algumas detenções por irregularidades, a votação ocorreu sem grandes problemas. O porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, comentou que a abertura das mesas foi ordeira, principalmente na primeira metade do período de votação.

Durante uma coletiva de imprensa, Cuinica mencionou que houve queixas de alguns partidos sobre a ordem dos nomes nos boletins de voto. O PODEMOS, por exemplo, teve sua posição alterada em diferentes locais, aparecendo como 17 em alguns boletins e 16 em outros, enquanto na diáspora não constava no boletim.

Cuinica esclareceu que essa situação é normal, pois nem todos os partidos participam em todos os círculos eleitorais, o que explica as diferenças nas posições. Ele também se manifestou sobre o acesso de delegados partidários às assembleias de votação.

Essas informações foram apresentadas após Venâncio Mondlane, candidato do PODEMOS, ter denunciado várias irregularidades que ele acredita indicarem uma tentativa de fraude. Ele apontou que, em 10 dos 11 círculos eleitorais, a posição do PODEMOS não corresponde ao que foi sorteado inicialmente.

Mondlane também relatou que 300 novas credenciais foram rejeitadas pela presidente da comissão eleitoral, Ana Chemane, e que seu mandatário foi agredido e teve suas credenciais confiscadas. Ele criticou Chemane por ter validado resultados de eleições anteriores que foram contestados judicialmente, levantando suspeitas sobre uma possível fraude nas atuais eleições.

Consórcio "Mais Integridade" considera que situação do PODEMOS é regular

O Consórcio Eleitoral "Mais Integridade", que observou as eleições com 1.900 representantes em mais de 1.500 locais de votação, afirmou que 90% das mesas iniciaram a votação pontualmente. A alta afluência foi notada, com filas de 150 a 200 pessoas em 95% dos locais observados.

No entanto, o consórcio informou que alguns observadores foram impedidos de acompanhar a abertura de uma escola em Chicuque, Inhambane, sem justificativa. Em relação às queixas do PODEMOS sobre a posição nos boletins, o consórcio esclareceu que essa variação é uma situação comum, que não afeta apenas o PODEMOS, mas todos os partidos que não estão nas primeiras posições.

A votação em Moçambique ocorreu em um único dia, tanto no país quanto na diáspora.

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