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As duas figuras em questão são bem diferentes. [Juan] Guaidó, que foi presidente interino da Venezuela, foi nomeado pela Assembleia Nacional, enquanto eu contei com o apoio de 8 milhões de venezuelanos. "Vou assumir a presidência em 10 de janeiro", afirmou, ao ser indagado sobre o número de políticos necessários para destituir Nicolás Maduro, durante uma breve coletiva no Fórum La Toja, na Galiza, Espanha.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de retornar à Venezuela antes do dia 10 para assumir o cargo, González fez uma observação sarcástica, mencionando que também poderia voltar mais cedo, já que Maduro adiantou o Natal. "Se Maduro antecipou o Natal, eu também posso antecipar meu retorno", comentou.
Sobre o futuro de Nicolás Maduro após sua posse, González declarou que "dependerá do que ele quiser", especialmente se optar por permanecer no país, "se aceitar as condições".
As eleições presidenciais na Venezuela ocorreram em 28 de julho, e o CNE declarou Maduro vencedor com pouco mais de 51% dos votos, sem divulgar as atas da votação, o que levou a grande parte da comunidade internacional a não reconhecer o resultado. A oposição contesta esses números, afirmando que Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha, obteve quase 70% dos votos.
A ONG venezuelana Fórum Penal denunciou na quarta-feira que há 1.905 pessoas detidas por motivos políticos no país, incluindo 67 adolescentes entre 14 e 17 anos.
