Tibana solicita, em seu pedido, a obtenção de todos os boletins de voto que foram colocados nas urnas por cidadãos que compareceram às assembleias e mesas de votação, tanto no território nacional quanto no exterior.
Ele requer também os cadernos eleitorais, editais e documentos relacionados ao apuramento nas mesas e assembleias de votação, além de editais, atas e mapas das centralizações distrital, provincial e nacional, todos no formato original em papel.
Para obter mais informações sobre essa solicitação, o jornal tentou contatar o economista, mas não obteve sucesso. No entanto, através de sua página no Facebook, Tibana afirmou: “Buscamos realizar uma auditoria para verificar e recontar os votos registrados.” Para isso, ele conta com o apoio do “Consórcio MAIS Integridade para a Observação Eleitoral e a Ordem de Advogados de Moçambique para auxiliar e acompanhar”.
O pedido foi feito 45 dias após o término de seu apoio voluntário ao candidato à presidência, Venâncio Mondlane. No dia 13 de setembro, o economista e docente universitário declarou que havia encerrado seu "trabalho voluntário pela cidadania" com Mondlane, iniciado em 20 de maio de 2024, citando alegações de declarações retrógradas e inaceitáveis sobre o papel da mulher, feitas por um membro do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS).
As declarações feitas em transmissões televisivas, que retratam a mulher como um ser inferior, restrito ao cuidado do homem e à reprodução biológica, desconsideram totalmente a emancipação política, social e econômica feminina.
Isso vai de encontro aos princípios que defendo e representa um ataque inadmissível às conquistas obtidas pela mulher em Moçambique desde a independência, conforme mencionado em uma publicação do economista.
A segunda razão que levou o acadêmico a se distanciar de Venâncio Mondlane é a proposta do PODEMOS de implementar a pena de morte, como indicado na página 19 do seu manifesto. O PODEMOS sugere a introdução da pena de morte para crimes relacionados à corrupção, argumentando que isso resultará em uma "redução drástica desse fenômeno".
Não concordo com a pena de morte, não apenas pela hipocrisia de seus defensores, mas também por uma questão de princípio: o direito à vida é inalienável! É dever da sociedade encontrar alternativas que resolvam seus problemas sem despojar nenhum cidadão desse direito.
Com Venâncio Mondlane em um entendimento com o PODEMOS, há dúvidas sobre sua posição em relação a esses temas e a outros que possam formar compromissos desse partido, afirmou o economista.
Após essa explicação, Tibana finalizou seu posicionamento afirmando: "Não existem mais apoios incondicionais. Não há mais 'cheques em branco'."
0 Comentários