A Comissão Europeia e o Alto Representante para a Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, fizeram um apelo às autoridades georgianas para que investiguem as irregularidades observadas nas recentes eleições legislativas. Em um comunicado conjunto, Borrell destacou a importância de uma investigação "rápida, transparente e independente" por parte da Comissão Eleitoral Central e outras entidades competentes.
As eleições, realizadas no último sábado, resultaram na vitória do partido Sonho Georgiano, que obteve uma maioria absoluta. No entanto, a oposição rejeitou os resultados, alegando "graves irregularidades". Bruxelas, portanto, solicitou que as recomendações da missão de observação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) sejam implementadas urgentemente e que reformas democráticas abrangentes sejam aplicadas, alinhando-se aos princípios da integração europeia.
Observadores internacionais relataram que a votação ocorreu em um ambiente "tenso", levantando questões sobre o voto secreto e identificando "inconsistências processuais". Apesar de uma campanha eleitoral considerada, em geral, livre, surgiram relatos de pressão sobre eleitores, especialmente no setor público.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou a inclusão da Geórgia na agenda da cimeira informal de 8 de novembro em Budapeste, enfatizando a necessidade de tratar as irregularidades com seriedade e pedindo um compromisso firme dos líderes georgianos com a integração europeia.
Com dados preliminares indicando que o partido Sonho Georgiano, considerado próximo da Rússia, conquistou 89 dos 150 assentos do Parlamento, a situação política na Geórgia permanece tensa, com a oposição, incluindo a Coligação para a Mudança e o Movimento Unidade-Nacional, lutando por um reconhecimento justo dos resultados.