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O Presidente da República, Filipe Nyusi, expressou surpresa em relação ao recente debate sobre a suposta incompatibilidade entre os cargos de Chefe de Estado e presidente do partido Frelimo. Apesar disso, mostrou-se receptivo e calmo em cumprir as diretrizes estabelecidas pela Constituição da República.
Para argumentar que não existe tal incompatibilidade, Nyusi citou os exemplos de Joaquim Chissano e Armando Guebuza, destacando que a situação sempre foi assim. "Sinto-me tranquilo, pois essa realidade já existia. O Presidente Samora, Chissano e Guebuza ocuparam simultaneamente esses cargos, e não entendo por que só agora isso é questionado em relação a mim. Este não é um problema, nem uma questão que eu tenha levantado. Os estudiosos sabem como proceder. Basta consultar a Lei e verificar se ela se encaixa nos estatutos do partido", afirmou.
Nyusi ressaltou que muitos intelectuais estão vinculados à Frelimo. Ele pediu que se trabalhe com os estatutos existentes e que as regras sejam claramente definidas. "Seja eu ou outra pessoa, devemos respeitar as condições. Eu cumpro os estatutos e valorizo os camaradas, pois ninguém simplesmente decide, do dia para a noite, ser isso ou aquilo”, declarou.
Além disso, o Presidente reconheceu a importância do debate iniciado por Oscar Monteiro, mas estranhou o momento em que esse assunto veio à tona. “É bom que haja discussão, mas é curioso o momento escolhido para isso, especialmente quando algumas pessoas tiveram a oportunidade de trabalhar esses documentos e optaram por não fazê-lo", concluiu.
