Última Hora: A FRELIMO se encontra desorientada

A FRELIMO se encontra desorientada


Baseando-se nas recentes declarações de Alcinda Abreu, representante da Comissão Política da Frelimo, e Bernardino Rafael, Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique, o renomado escritor moçambicano Ungulani Ba ka Khosa afirmou que a Frelimo se encontra em uma posição complicada. Para superar a instabilidade enfrentada pelo país, Khosa sugere que o partido no poder inicie um diálogo com os jovens.

O autor de "Ualalapi" e outras obras expressou sua visão sobre as Eleições Gerais, Legislativas e das Assembleias Provinciais, que ocorreram em outubro deste ano, utilizando as redes sociais para criticar a cobertura da mídia. Ele destacou que os meios de comunicação têm dado ênfase excessiva aos danos econômicos causados pelas manifestações.

“É uma realidade profunda. Refere-se à resposta popular à nova linha editorial dos meios de comunicação, que prioriza os prejuízos econômicos das manifestações. Uma manifestação, como li em algum lugar, é sempre um simulacro de revolução. Seu objetivo é inquietar o poder, abalar as estruturas deterioradas, provocar mudanças e influenciar as decisões do Governo”, afirma Khosa em seu texto.

De acordo com a Constituição da República de Moçambique, a soberania pertence ao povo. Assim, ao analisar o atual cenário social, político e econômico do país, Khosa acredita que a população anseia por mudanças significativas.

“É importante lembrar que o nosso modelo democrático se baseia na representatividade e na delegação do poder. Se a árvore que nos representa não produz frutos, é necessário reconsiderar sua relevância em nosso contexto. A população busca mudanças significativas e está fadigada de promessas sem efeito; ela deseja transformações palpáveis no cotidiano, através de ações e propostas urgentes.

Entretanto, o poder, preso a uma posição que ocupa há mais de 49 anos, se recusa a reconhecer a realidade que se reflete nas ruas. Isso pode ser devastador para um partido que, no passado, foi uma Frente de Libertação e que, de forma singular, se adaptou às difíceis circunstâncias da luta pela liberdade."

As declarações recentes de Alcinda Abreu, representando a Comissão Política da Frelimo, e do Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, segundo Ungulani Ba ka Khosa, indicam que a Frelimo se encontra em uma situação delicada. Khosa argumenta que o partido no poder precisa se concentrar no diálogo com os jovens.

"As declarações confusas e imaturas do comandante-geral da polícia, juntamente com o comunicado desatualizado feito pela senhora Alcinda Abreu, representando a Comissão Política da Frelimo, refletem uma alarmante falta de clareza intelectual e ideológica.

É difícil afirmar que a Frelimo está perdida, desconectada da realidade e distante de uma base sólida. E de fato está! É urgente que busquem um reencontro e estabeleçam diálogo com a juventude, que simboliza o futuro. O futuro é deles! E também é nosso", enfatizou.

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