DesdeGoverno de Moçambique Impõe Restrições Severas ao Acesso à Internet, Gerando Protestos e Preocupações sobre Direitos Humanos o dia 21 de outubro de 2024, Moçambique enfrenta uma grave crise de acesso à internet, impactando diretamente a vida de seus cidadãos.
A maioria da população depende de dados móveis, adquiridos através de operadoras de telecomunicações, para se conectar a plataformas sociais e informativas, como WhatsApp, Facebook, LinkedIn e X.
Essas plataformas são cruciais para o exercício de direitos humanos fundamentais, incluindo liberdade de expressão, comunicação e acesso à educação. Entretanto, essas liberdades estão sob ameaça, uma vez que o bloqueio ao acesso à internet promovido pelo governo busca restringir a mobilização social, especialmente entre jovens e moradores de áreas urbanas e suburbanas.
Esse segmento da população, que enfrenta desafios como pobreza e alto índice de desemprego, tem sido protagonista de protestos exigindo justiça social e econômica. A decisão do partido governante Frelimo de limitar o acesso à internet visa frustrar a capacidade desses jovens de se organizarem e se mobilizarem, especialmente nas regiões onde o descontentamento social é mais evidente.
Observadores destacam que essa restrição ao acesso à internet possui semelhanças assustadoras com as táticas do Apartheid, isolando comunidades vulneráveis para impedir que se reúnam em centros urbanos, onde estão localizadas as elites econômicas e políticas.
A situação em Moçambique levanta sérias preocupações sobre o futuro da liberdade de expressão e dos direitos civis no país, em um contexto onde a luta por justiça social se torna cada vez mais urgentemente necessária.