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A atuação da Polícia da República de Moçambique (PRM) durante os protestos pós-eleitorais foi considerada pela Associação Moçambicana de Juízes (AMJ) como "bastante desproporcional" e sem contenção, gerando condenação pela morte de manifestantes. Segundo a AMJ, a violência das manifestações transformou-se em um "palco de extrema violência", com danos humanos e materiais irreparáveis. A associação pediu uma investigação dos atos violentos e destacou que o Ministério Público deve tomar as providências cabíveis.
As manifestações, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, ocorreram após a alegação de fraude nas eleições, em que Daniel Chapo, da Frelimo, foi declarado vencedor com 70,67% dos votos. Mondlane, que ficou em segundo lugar com 20,32%, nega os resultados e exige que a "verdade eleitoral" seja restaurada.
O apelo de Mondlane levou a novos protestos em Maputo, incluindo uma paralisação geral de sete dias, marcada por confrontos com a polícia, barricadas e incêndios. O líder da oposição pediu um luto nacional de três dias pelas 50 vítimas fatais que ele afirma serem causadas pela repressão policial.