Venâncio Mondlane Ausente de Reunião sobre Crise Eleitoral em Moçambique
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Foto: Mz News |
O analista político Dércio Alfazema criticou a ausência de Venâncio Mondlane, candidato presidencial apoiado pelo partido PODEMOS, em um encontro convocado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, na última terça-feira (26). A reunião tinha como objetivo reunir os quatro candidatos presidenciais para discutir a crise pós-eleitoral que tem gerado tensões no país após as eleições gerais de 9 de outubro de 2024.
Reunião com Candidatos e o Impacto da Ausência de Mondlane
Participaram da reunião Lutero Simango (MDM), Daniel Chapo (Frelimo) e Ossufo Momade (Renamo). No entanto, Mondlane não compareceu, justificando a sua ausência em uma transmissão ao vivo pelo Facebook. Durante a transmissão, anunciou novas ações de protesto, como estacionar veículos nas vias públicas durante o horário de trabalho, medida que entrou em vigor na quarta-feira (27).
Dércio Alfazema afirmou que a atitude de Mondlane demonstra desinteresse em buscar soluções para a crise. “Ele prefere perpetuar os problemas em vez de contribuir para resolvê-los. Suas ações não têm estratégia clara e podem agravar a situação económica e social do país”, destacou.
Críticas às Medidas de Protesto
As novas medidas anunciadas por Mondlane foram criticadas por Alfazema, que argumentou que ações como estas podem aumentar o custo de vida e a precariedade econômica dos cidadãos. Por outro lado, o ativista social Ornélio Sousa defendeu que Mondlane havia sugerido uma agenda de 20 pontos para o encontro, mas que estas propostas não foram consideradas.
Sousa destacou que muitos moçambicanos estão insatisfeitos com o que consideram eleições injustas e buscam maior transparência. “O governo precisa garantir justiça social e paz para estabilizar o país”, afirmou.
Reação do Governo e Próximos Passos
Durante a reunião, os candidatos presentes, incluindo Lutero Simango e Ossufo Momade, pediram que o governo garanta a segurança política e jurídica de Mondlane, permitindo sua participação nos diálogos. Em resposta, o Presidente Filipe Nyusi comprometeu-se a continuar os esforços para estabilizar a situação política e económica e anunciou que outra reunião será organizada, embora sem data definida.
Mondlane, por sua vez, declarou que sua ausência ocorreu porque suas propostas de agenda não receberam respostas adequadas. Ele afirmou que falta seriedade nas intenções do governo em abordar a crise eleitoral.
A crise continua a impactar Moçambique, com tensões sociais e políticas em alta. A próxima reunião será crucial para determinar os caminhos para a reconciliação e a estabilidade no país.
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