As Incertezas Antes do Diálogo
Faltando poucas horas para o aguardado diálogo proposto pelo presidente Filipe Nyusi, persistem dúvidas sobre a participação do candidato Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido extraparlamentar Podemos. Mondlane, que liderou protestos contra os resultados das eleições de 9 de outubro, condiciona sua presença à extinção dos processos judiciais movidos pela Procuradoria Geral da República, além de exigir que o encontro seja transmitido pela imprensa e realizado virtualmente, por motivos de segurança.
O candidato, que está em local incerto há um mês, também reivindica a libertação de manifestantes detidos. "Não pode ser um diálogo a portas fechadas, em segredo, sem que o povo saiba o que está sendo decidido", declarou Mondlane.
Outros líderes da oposição, como Ossufo Momade (Renamo) e Lutero Simango (MDM), defendem a presença de todos os candidatos presidenciais no encontro. Por outro lado, representantes da Frelimo, no poder, como António Niquice, destacam o diálogo como a melhor solução para restaurar a estabilidade política e social no país.
O encontro está marcado para esta terça-feira à tarde, no gabinete da presidência, em Maputo, e busca resolver a crise política pós-eleitoral que se instalou no país.