Diálogo presidencial enfrenta incertezas sem Venâncio Mondlane e com portas fechadas
Presidente Filipe Nyusi reúne candidatos presidenciais em encontro fechado, mas ausência de Venâncio Mondlane levanta questionamentos sobre transparência.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, convocou os quatro candidatos das eleições presidenciais de outubro para um diálogo visando aliviar as tensões pós-eleitorais. A reunião, marcada para a tarde desta terça-feira (24), nos escritórios da Presidência, contará com a presença de Daniel Chapo, Ossufo Momade (Renamo) e Lutero Simango (MDM). No entanto, Venâncio Mondlane, líder do partido PODEMOS, anunciou que não participará.
Encontro sem Venâncio Mondlane
A ausência de Mondlane no encontro presencial e fechado ao público gera especulações sobre as intenções do diálogo. Críticos sugerem que Nyusi pode estar buscando um acordo com o MDM, potencialmente excluindo o PODEMOS e marginalizando Mondlane do processo de negociação.
Fontes afirmam que as equipes de apoio dos líderes presentes serão convidadas a permanecer fora da sala de reunião, o que aumenta as preocupações sobre a falta de transparência do evento.
Exigências e impasses no diálogo
O ambiente político continua tenso. A Renamo, liderada por Ossufo Momade, já declarou que exigirá o reconhecimento de fraudes eleitorais pelos participantes. A partir disso, propõe a formação de um Governo de Gestão com mandato de dois anos, incluindo os partidos parlamentares e outras forças sociais. Lutero Simango, por sua vez, busca discutir as causas da crise eleitoral de forma ampla.
Enquanto isso, a ausência de Mondlane e as críticas à falta de transparência do encontro podem comprometer os resultados esperados. Analistas acreditam que a sociedade moçambicana dificilmente aceitará um diálogo fechado, especialmente em meio à crise política e social atual.