O protesto, que contou com a presença de vários chefes de postos administrativos, foi motivado por descontentamentos relacionados à gestão da delegação na província, incluindo restrições à participação e expressão dos seus integrantes.
“Queremos saber se a orientação veio do presidente ou de outra pessoa. Queremos entender por que os membros da Renamo na Zambézia não podem marchar”, afirmou Virgílio Benedito, chefe de posto, em entrevista ao jornal O País. Segundo Benedito, a falta de diálogo e comunicação por parte da liderança tem resultado na deserção de membros, agravando-se no período pós-eleitoral.
Outra manifestante, Sitiana Domingos, apontou a ausência de cooperação entre o delegado provincial e os demais membros. Ela denunciou que Inácio Reis restringiu o uso dos símbolos do partido, sugerindo que, para organizar marchas, os integrantes deveriam encontrar um local específico e evitar a utilização da bandeira da Renamo. “Ele disse que, se quisermos marchar, precisamos encontrar um lugar próprio. Também nos orientou a criar outro símbolo, em vez de usar a bandeira do partido”, afirmou.
Inácio Reis, por sua vez, rebateu as críticas e defendeu a disciplina dentro da organização. “A Renamo não está satisfeita com os resultados, mas o partido tem uma estrutura central que deve ser respeitada por todos os membros”, declarou, minimizando as reclamações dos dissidentes.
