O PODEMOS promete manter as manifestações até que o Conselho Constitucional se pronuncie sobre os resultados eleitorais contestados

O PODEMOS promete manter as manifestações até que o Conselho Constitucional se pronuncie sobre os resultados eleitorais contestados


O presidente do partido PODEMOS, Albino Forquilha, anunciou hoje em uma coletiva de imprensa que as manifestações continuarão em todo o país, embora de maneira pacífica.

Ele destacou que o acordo de proteção firmado na semana passada com o comandante geral da PRM, Bernardino Rafael, tem sido desrespeitado, com relatos de uso excessivo de força e munições reais pela polícia.

“Foram prometidas manifestações pacíficas, e é isso que iremos manter”, afirmou Forquilha. Ele também expressou preocupação com o fato de que, durante essas demonstrações, a polícia tem agido contra os apoiadores do partido, sugerindo a falta de resposta do governo e a necessidade urgente de intervenção.

Além disso, o partido PODEMOS reiterou seu apelo por justiça eleitoral, argumentando que as manifestações têm como objetivo pressionar as instituições responsáveis a respeitar a vontade popular. Forquilha pediu ao Conselho Constitucional que atue devidamente na análise dos resultados eleitorais.

“Estamos fazendo um grande esforço para reunir provas e evidências, mas enfrentamos dificuldades técnicas para compartilhar os documentos com o público”, comentou o presidente.

Ele também manifestou preocupação em relação a apoiadores do partido, como Jonathan, Levart e Nelson, que foram impedidos de prosseguir rumo a Maputo, apesar de estarem devidamente documentados.

Por fim, o assessor jurídico do PODEMOS, Dinis Tivane, criticou a inércia do Conselho Constitucional em lidar com as disputas eleitorais, ressaltando que se esperava uma ação mais decisiva por parte do órgão.

De acordo com Dinis Tivane, o tribunal eleitoral parece estar disposto a tomar decisões que não são legais, pois o Conselho Constitucional estaria rejeitando os argumentos necessários para validar as reivindicações, uma vez que o número de inscritos divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) é inferior ao total registrado para o partido Frelimo e seu candidato.

“A Comissão Nacional de Eleições deve, dentro do seu prazo, analisar e confirmar se o partido PODEMOS cometeu algum erro nesse processo. É isso que o Conselho Constitucional precisa fazer, embora pareça que exista receio, já que estão cientes de que o partido Frelimo realmente perdeu”, ressaltou Dinis Tivane.

Vale lembrar que, hoje, ocorreu uma reunião entre o chefe de Estado, Filipe Nyusi, e Apostolo Luís Fole, mentor de Venâncio Mondlane, da congregação Divina Esperança.

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