Mohamed, da CNH ganha 3, 2 Milhões de Meticais
Nos últimos dias, as redes sociais foram tomadas por polêmicas envolvendo supostas folhas salariais de altos executivos da Companhia Nacional de Hidrocarbonetos (CNH). Entre as alegações, destacava-se que Fahim Mohamed, Administrador Executivo da empresa, receberia mensalmente cerca de 3,2 milhões de meticais, o equivalente a 50 mil dólares.
No entanto, informações verificadas indicam que esses números são incorretos. Um recibo ao qual o portal Evidências teve acesso mostra que o salário real de Fahim Mohamed é de 277.330 meticais por mês, valor significativamente inferior ao divulgado, representando menos de 10% da quantia especulada.
A divulgação inicial provocou grande repercussão, com figuras públicas, como Venâncio Mondlane, candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS, utilizando os dados para criticar os gastos da CNH em tempos de crise econômica. Contudo, as novas informações lançam luz sobre a discrepância entre o que foi compartilhado nas redes sociais e a realidade.
Uma fonte próxima ao executivo declarou que a circulação de dados financeiros distorcidos é preocupante, pois reflete não apenas falhas na apuração jornalística, mas também o impacto da desinformação sobre a percepção pública. "Casos como este demonstram a necessidade de maior rigor na verificação de informações sensíveis, como salários e benefícios de altos executivos", destacou a fonte.
Além disso, a fonte alerta para os riscos de desinformação no jornalismo econômico, especialmente quando se trata de empresas estatais como a CNH, que desempenham papéis estratégicos na economia nacional. A manipulação ou exagero de dados pode desviar o foco de discussões relevantes, prejudicando o debate público e a transparência.
A CNH ainda não emitiu um comunicado oficial sobre o caso, mas a revelação de que o salário de Fahim Mohamed é consideravelmente mais baixo do que o anunciado já começa a reverter a narrativa espalhada nas redes. O episódio reforça a importância de checagem rigorosa e ética na disseminação de informações.
Fonte: Evidências