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Desespero do Poder em Moçambique Intensifica Perseguições a Críticos

Desespero do Poder em Moçambique Intensifica Perseguições a Críticos

Perseguições e ameaças indicam tensão política crescente em Moçambique

Em Moçambique, críticos do governo denunciam um aumento significativo nas ameaças e ações contra opositores políticos. Esses atos, que incluem assassinatos e tentativas de intimidação, são interpretados pelos visados como sinais de desespero das autoridades diante da crescente onda de manifestações contra a fraude eleitoral e a má-governação.

Assassinatos de opositores geram indignação

Casos como o assassinato do advogado Elvino Dias e do político Paulo Guambe, apoiantes do candidato Venâncio Mondlane, chocaram a população. Mortos em 19 de outubro, em Maputo, os crimes intensificaram os protestos e pedidos de justiça no país.

Wilker Dias, coordenador da plataforma eleitoral "Decide", revelou ter sido alvo de uma tentativa de envenenamento com arsênio, escapando por pouco. "Isso só reforça a importância do trabalho que faço e não me fará desistir", afirmou. Outros ativistas, como Quitéria Guirengane e Gamito dos Santos, também relataram ameaças de "visitas" de grupos associados ao regime.

Perseguições como estratégia de silenciamento

Segundo Manuel de Araújo, edil de Quelimane, essas perseguições já são uma realidade recorrente, mas a situação "tende a piorar". Para os críticos, a tentativa de eliminar opositores reflete o esforço do governo em controlar a crescente revolta popular.

"Moçambique está se tornando um Estado capturado por gangsters que temem ser desafiados", denuncia Gamito dos Santos. Para Quitéria Guirengane, as ações demonstram desespero: "Durante anos, tentaram rotular manifestantes como vândalos, mas isso se revelou falso."

Determinação na luta pela liberdade

Mesmo diante das ameaças, os críticos permanecem firmes. "A nossa luta é pela verdade, justiça e liberdade, e sabemos que isso tem um preço", afirmou Guirengane. Para os ativistas, o lema atual é claro: "Se for para morrer, tem de ser de pé."

Os manifestantes prometem seguir com a resistência até as últimas consequências, enquanto buscam expor ao mundo as violações de direitos e a violência enfrentada no país.

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