O Consórcio Eleitoral Mais Integridade recusou, nesta segunda-feira (09), atender à solicitação do Conselho Constitucional (CC) para disponibilizar as actas e editais referentes às Eleições Gerais de 9 de outubro de 2024. Em resposta, a plataforma alegou que o pedido é intempestivo e que os dados processados até o momento carecem de legitimidade para confirmar qualquer resultado eleitoral.
A requisição do CC foi formalizada por meio do Despacho 50/CC/2024, datado de 4 de dezembro. Contudo, o Mais Integridade argumenta que o órgão já processou informações suficientes de nove províncias, com exceção da Zambézia, e, portanto, não vê justificativa para o pedido.
Fraudes e irregularidades citadas pelo consórcio
Na carta enviada ao CC, o Mais Integridade destaca que os apuramentos realizados nas províncias de Nampula e Zambézia apresentam indícios claros de fraude e outras irregularidades. Segundo a plataforma, essas anomalias impedem a determinação precisa dos verdadeiros resultados eleitorais.
Além disso, o consórcio ressaltou que a partilha dos documentos solicitados "não contribuiria para assegurar a verdade eleitoral" e poderia ser usada para legitimar o que considera uma "fraude". A plataforma ainda repudiou o fato de o CC ter ignorado editais das eleições autárquicas de 2023 que indicavam manipulações nas cidades de Maputo e Matola.
Consórcio mantém posição firme
O Mais Integridade reforçou que não pretende ser uma "fonte de deturpação da verdade eleitoral" e se mantém disposto a prestar esclarecimentos sobre as irregularidades verificadas. Contudo, reafirma que, diante do contexto de desconfiança e falta de credibilidade das instituições, considera inaceitável que suas informações sejam utilizadas para validar resultados que não refletem a vontade popular.
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