Recent Posts

Araújo afirma vitória da Renamo na Zambézia e chama para manifestações pacíficas

Araújo afirma vitória da Renamo na Zambézia e chama para manifestações pacíficas


Manuel de Araújo, cabeça de lista da Renamo ao cargo de Governador da província da Zambézia nas eleições gerais realizadas em outubro deste ano, afirmou que o seu partido foi o mais votado na província e, por isso, não reconhece os resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). Para defender a justiça eleitoral, Araújo convocou os cidadãos da Zambézia a se manifestarem de forma pacífica, amparados pela Constituição da República.

Em uma carta direcionada às lideranças comunitárias e religiosas, partidos políticos, movimentos cívicos, organizações da sociedade civil, instituições acadêmicas e de ensino, imprensa nacional e internacional, organizações internacionais, corpo diplomático, autoridades governamentais e Forças de Defesa e Segurança, Araújo destacou o papel histórico da Zambézia como bastião da liberdade, democracia e escolha consciente.

“Desde sempre, a Zambézia tem sido símbolo de liberdade e democracia. Em várias eleições, o povo desta província confiou na Renamo como verdadeira representante de seus sonhos e aspirações. Mais uma vez, escolhemos a Renamo para liderar esta província, e não permitiremos que a vontade soberana do povo seja desrespeitada por manipulações da CNE, STAE ou qualquer outro órgão”, afirmou na carta.

Araújo ressaltou que o direito à manifestação pacífica está garantido pela Constituição de Moçambique, especialmente no artigo 51.º, e convocou todos os zambezianos a se mobilizarem em defesa da verdade eleitoral. Ele reforçou que o movimento será conduzido de forma legal e pacífica, respeitando os princípios constitucionais.

“Convocamos todos os zambezianos a levantarem suas vozes de maneira ordeira e pacífica, reivindicando a reposição da verdade eleitoral. Esta não é apenas uma luta política, mas uma luta pelo respeito à democracia, pelo futuro do país e pela dignidade do povo”, disse Araújo.

Ele também pediu o apoio de organizações nacionais e internacionais, assim como das Forças de Defesa e Segurança, apelando para que estas atuem como defensoras da paz, em vez de instrumentos de repressão. Araújo destacou que o papel das forças armadas deve ser a proteção do povo e da justiça.

“A Zambézia sempre escolheu, e não nos renderemos a artifícios que tentem roubar o que nos pertence por direito. Esta luta é de todos nós, pelo futuro de Moçambique. Que o espírito de líderes como Samora Machel, Eduardo Mondlane e Afonso Dhlakama nos inspire e fortaleça”, concluiu.

0 Comentários