A Confederação das Associações Empresariais de Moçambique (CTA) considera que as novas diretrizes anunciadas pelo Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique (CPMO) nesta segunda-feira são insuficientes para impulsionar a recuperação econômica do país.
Segundo a CTA, a economia moçambicana enfrenta dificuldades agravadas pelos distúrbios pós-eleitorais ocorridos entre outubro e dezembro de 2024, que resultaram na destruição de patrimônios públicos e privados. Diante desse cenário, os empresários esperavam medidas mais concretas, incluindo incentivos para que os bancos comerciais concedessem uma suspensão temporária no pagamento de empréstimos.
Além disso, a confederação destaca que tais medidas deveriam vir acompanhadas da implementação acelerada do Fundo de Garantia Mútua, visto como essencial para fortalecer a resiliência do setor empresarial.
O presidente da Carteira de TICs e Serviços Financeiros da CTA, Paulo Oliveira, ressaltou que a falta de ações mais robustas pode dificultar a recuperação das empresas, muitas das quais ainda enfrentam os impactos da crise. “Precisamos de soluções imediatas e eficazes para que as empresas possam retomar suas atividades sem um peso financeiro insustentável”, afirmou.
A CTA reforça que a combinação de incentivos financeiros e políticas mais flexíveis será crucial para restaurar a confiança do setor privado e permitir uma recuperação econômica sustentável no país.
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