O bilionário Elon Musk reconheceu ter confundido a província de Gaza, em Moçambique, com a Faixa de Gaza, no Médio Oriente. O erro ocorreu ao criticar o suposto envio de 50 milhões de dólares em preservativos para o território controlado pelo Hamas, um gasto que, segundo ele, seria desnecessário.
Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), mencionou o caso como exemplo de desperdício de recursos públicos por parte da extinta USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional). A declaração repercutiu em Washington e foi endossada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, como parte de gastos excessivos do governo.
No entanto, uma investigação da CNN revelou que a USAID não enviou preservativos para a Faixa de Gaza. A emissora também apurou que os gastos da agência com preservativos em 2023 foram muito inferiores ao valor mencionado por Musk.
A notícia foi amplamente divulgada em Israel, com jornais como o Times of Israel destacando a suposta compra de preservativos para a Faixa de Gaza. Algumas publicações chegaram a sugerir que combatentes do Hamas estariam usando os preservativos de látex para fabricar artefatos incendiários.
Ao ser questionado sobre o erro durante uma coletiva na Casa Branca, Musk admitiu a confusão e afirmou que sua equipe está disposta a corrigir equívocos rapidamente. "Se foi para Moçambique em vez da Faixa de Gaza, não é tão ruim, mas, ainda assim, por que estamos fazendo isso?", questionou.
A confusão esclarece que a província de Gaza, em Moçambique, não tem relação com a região do conflito no Oriente Médio, evidenciando a importância da precisão ao tratar de temas internacionais.