Venâncio Mondlane, reconhecido pela Comissão Nacional de Eleições e pelo Conselho Constitucional como o segundo candidato mais votado nas El...
Venâncio Mondlane, reconhecido pela Comissão Nacional de Eleições e pelo Conselho Constitucional como o segundo candidato mais votado nas Eleições Presidenciais, apresentou no dia 17 de janeiro um conjunto de medidas que seriam implementadas nos primeiros 100 dias de governação.
No entanto, essas propostas parecem não ter sido consideradas pelo governo de Daniel Chapo, que aprovou, na terça-feira, 4 de fevereiro, o seu próprio Plano de Acção para os Primeiros 100 Dias de Governação.
O plano governamental foi anunciado pelo porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, que garantiu que as medidas adotadas terão um impacto direto no bem-estar da população. Segundo o Executivo, o documento prioriza áreas como estabilidade social e política, educação, saúde, combate à corrupção, juventude e emprego, infraestruturas e serviços públicos, justiça, agricultura e segurança alimentar, crescimento económico e gestão de recursos naturais.
A aprovação deste plano reforça a posição do governo, que optou por não integrar as propostas apresentadas por Mondlane. Entre as medidas que o ex-candidato defendia para o seu plano de governação até março deste ano estavam a redução da tarifa de energia, isenção de IVA para produtos essenciais, isenção de portagens, compensações de até 200 mil meticais para famílias que perderam entes queridos nas manifestações, redução do preço do cimento para 300 meticais e a criação de um fundo de 500 milhões de dólares para apoiar empresários afetados pela crise pós-eleitoral.
Com a implementação do plano oficial do Executivo, fica evidente que as propostas de Mondlane não foram consideradas na estratégia governativa dos primeiros meses de mandato.
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