A Associação Nacional dos Professores de Moçambique (Anapro) denuncia que o Ministério da Educação está a utilizar transferências compulsivas como forma de represália contra docentes que participaram em manifestações exigindo melhores condições de trabalho e o pagamento de horas extraordinárias.
O presidente da Anapro, Isac Marrengule, classifica essas transferências como uma “repressão psicológica” e alerta que a postura do Governo está a levar ao aumento do absentismo entre os professores, muitos dos quais são deslocados para escolas distantes das suas áreas de residência.
Na segunda-feira, 10 de fevereiro, a Anapro apresentou uma proposta para resolver a questão durante um encontro com a ministra da Educação, Samaria dos Anjos Tovela. Segundo Marrengule, a ministra comprometeu-se a analisar o problema e buscar soluções.
Apesar disso, o sindicalista reforça que os professores não aceitarão passivamente o que considera uma perseguição. “Isto é uma intimidação à ação dos professores, uma declaração de guerra. Se o Ministério nos declara guerra, nós também responderemos da mesma forma”, afirmou.
Até ao momento, o Ministério da Educação ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações feitas pelo sindicato.