Venâncio Mondlane busca união para resgatar Moçambique do regime


Venâncio Mondlane, o concorrente à presidência de Moçambique, fez um apelo à criação de uma "frente única" composta por todos os partidos para "derrubar o regime" nas eleições de outubro. Ele destacou a necessidade de unir forças com os demais partidos presentes no pleito eleitoral, com o objetivo de combater o regime atual e resgatar Moçambique.

Mondlane, que agora concorre à presidência sem o respaldo de um partido político devido à exclusão da Coligação Aliança Democrática, definiu-se como um "candidato do povo" e afirmou possuir o "melhor projeto para a salvação de Moçambique".

"Apresentamos o projeto que consideramos ser o mais adequado para resgatar Moçambique. Se os partidos concorrentes genuinamente buscam a salvação da nação, eles se unirão ao nosso projeto", enfatizou Venâncio Mondlane, político, ex-deputado e antigo membro da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, o maior partido da oposição), do qual saiu em maio.

A exclusão da Coligação Aliança Democrática (CAD) das eleições gerais de 9 de outubro foi confirmada pelo Conselho Constitucional (CC) de Moçambique na semana passada. Em resposta ao recurso da CAD sobre a exclusão da candidatura decidida pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o CC anulou a deliberação da CNE de maio que permitia a inscrição da coligação para as eleições.

Ao lado de cerca de vinte manifestantes com luvas pretas e mãos pintadas de preto erguidas, Venâncio Mondlane protestou perto do terminal de transportes da Junta, em Maputo, contra a exclusão da CAD, simbolizando o que chamou de "funeral da democracia e justiça" em Moçambique e anunciando mais protestos.

"Esta é a primeira de muitas manifestações que irão ocorrer até que os responsáveis pela negação da democracia e justiça, aqueles que atuam contra a vontade e soberania do povo, sejam definitivamente derrubados", afirmou Mondlane durante a breve concentração.

A CAD planeja outra manifestação para hoje às 20:00, pedindo aos participantes que se reúnam numa praça local para uma vigília de cinco minutos com velas acesas.

"Desta vez não marcharemos, queremos evitar conflitos. Será um protesto completamente pacífico", mencionou Luís Mariquele, coordenador nacional de comunicação e imagem da CAD, referindo-se a incidentes de violência ocorridos em algumas marchas no país.

"É importante ressaltar que as províncias do centro e norte estão à espera de um sinal para iniciar uma onda de protestos no país, por isso é uma maneira de manter as pessoas sob controle", acrescentou.

Na sexta-feira, a Coligação Aliança Democrática (CAD) acusou o Conselho Constitucional (CC) de violar a Constituição, afirmando que sua exclusão resulta de perseguição política devido ao apoio à candidatura de Venâncio Mondlane.

"Nos inscrevemos e nossa candidatura foi aceita e publicada no Boletim da República. Quando perceberam que a candidatura de Venâncio Mondlane estava sendo apoiada pela CAD, começou o problema. Isso é perseguição política", afirmou Manecas Daniel, presidente da CAD, durante uma coletiva de imprensa em Maputo.

Moçambique realizará eleições presidenciais em 9 de outubro, que acontecerão simultaneamente com as eleições legislativas, a escolha dos governadores e das assembleias provinciais. Ler mais...

Fonte: Stop

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